UMA SÓ CRISE
“Se todas as
condições de uma Coisa estão presentes, então ela entra na existência.”
Um
observador atento percebe esta ou aquela forma de crise na sociedade
contemporânea. Logo mais, vê que várias crises entram em curiosa sincronia: a crise
ambiental, a queda da taxa de lucro, os ciclos do capital, etc. Todos caminham
para um aprofundamento do caos na sociedade contemporânea com o ponto máximo
das diferentes decadências algo próximo a meados deste século. Os limites cada
vez mais absolutos aproximam-se.
A conexão
externa guarda e expressa a conexão interna, pois é um mesmo processo que
avança em diferentes formas de manifestação. O desenvolvimento da produção
reduz a produção de valor (descoberta de Marx resgatada pelos teóricos da crítica
do valor) e aumentam os meios “parasitários” de consumir o valor global, logo a
consequência é a redução da taxa de lucro a níveis muito baixos. A queda desta
leva à queda da taxa de juros. Por outro lado, a taxa de lucro decaindo empurra
investimentos de curto prazo ao mercado financeiro. O desenvolvimento da
produção, em parte forçado, alcança um patamar e uma forma – como o desperdício
– que extrai do meio ambiente mais do que ele é capaz de repor, então acontece
a crise ambiental; a queda da lucratividade pressiona, por exemplo, as empresas
a desconsiderar medidas ambientais por causa de seus custos. O mesmo
desenvolvimento produtivo, ao suprimir a produção de valor e ao derrubar a
citada taxa de lucro, força a burguesia a adquirir novas formas lucrativas,
parasitando o Estado ao privatizar e oferecer serviços, ao gerar empresas
mercenárias no campo militar e o incremento da dívida pública. O impulso do
capital por novas fontes lucrativas – uma fuga para frente – torna mais fácil
ou agradável certos hábitos cotidianos, por isso a libertação da mulher está
latente dentro da sociedade capitalista; eis uma das bases da crise da família
monogâmica. A III revolução técnico-científica produz as condições de crises
cada vez mais duras e crescimentos cada vez mais fracos. Com o aumento dos
conflitos sociais como resultado do próprio desenvolvimento das forças
produtivas, surge em reação o despotismo esclarecido burguês. O envolver da
grande produção mecanizada no campo e a atração da cidade, forma-se uma
poderosa massa humana com novas necessidades e meios de luta urbanos. A
superprodução crônica latente leva a que se tente estimular o consumo por meio
do endividamento geral. A queda da lucratividade tenciona a sociedade a adotar
um norte moral correspondente à necessidade de maiores lucros.
Há uma só
crise, síntese das diferentes formas, que tem por base a produção capitalista
altamente desenvolvida. A correspondente queda da taxa de lucro está na base da
explicação da sincronia das diferentes crises, que são uma só crise
civilizacional.
Isso não é
tão evidente. Adam Tooze afirma que há apenas pluralidade de crises, uma ao
lado da outra e com influência recíproca delas. Ele aproveita para criticar o
marxismo:
Sem dúvida, os amigos marxistas serão tentados a
dizer que tudo se resume ao capitalismo e seu desenvolvimento em crise. Ora, no
mais tardar na década de 1960, a teoria marxista mais sofisticada já havia
abandonado as teorias monistas da crise. E atualmente, o desafio óbvio para os
críticos marxistas é explicar como a China, liderada pelo PCC, emergiu como o
impulsionador mais consequente do antropoceno. Isso não quer dizer que a teoria
marxista não seja capaz de oferecer uma resposta, mas, para ser convincente,
seria uma teoria marxista da complexidade e da policrise, algo para o qual
pensadores como Louis Althusser e Stuart Hall já haviam apontado o caminho.
Eleutério
Prado critica
***
Mészáros
percebeu uma crise crônica onde a superprodução de capital e mercadorias continua
mesmo com a destruição das crises cíclicas; partiu, assim, do valor de uso, a
riqueza real, para sua contradição com o valor. Por outro caminho, Robert Kurz
descobre a crise de produção de valor, redução da massa de valor global, desde
a racionalização na indústria (automação, robótica, etc.), como processo de
colapso do sistema; parte do valor, a riqueza na forma capitalista, para
observar sua contradição com o valor de uso. Terceira visão, Michael Roberts
descreve a queda da taxa de lucro como o fator de crise do sistema. A grande
tarefa, portanto, é unir tais teorizações até agora separadas e desenvolvidas
do modo independente.
Os três
intelectuais citados desenvolveram suas teorias de modo unilateral e parcial,
ainda que com enormes avanços, e às vezes “perdiam a mão” porque pouco ligados
ao movimento prático dos trabalhadores. Os partidos marxistas, por outro lado,
deram menos atenção a estes elaboradores do que o necessário. Parte dessa falta
dar-se pela razão de que a anunciação de “crises finais” foi lançada inúmeras
vezes desde o próprio Marx, o que levou, diante do erro de previsão, a
militância a desconsiderar a teoria do colapso logo quando chegou sua hora.
***
O
capitalismo entra na época em que é incapaz de promover profundas e duradouras reformas
e passa a impor contrarreformas. As conquistas acumuladas por muito tempo pelas
classes trabalhadoras são corroídas por diferentes meios em nome da
lucratividade. A superprodução crônica latente, a redução da massa global de
valor e a queda da taxa de lucro estão no fundamento da fase de recuo
civilizacional. É preciso, portanto, uma revolução para impor uma nova era de
reformas, que será de novo tipo porque sob nova base. A ideia de que o
proletariado nada tinha a perder além de seus grilhões foi substituída pela
percepção de que estamos a perder certa qualidade de vida[1];
os fatores estressantes acumulam-se e transformam a sociedade na panela de
pressão da luta de classes. Tomemos o exemplo da China, que em si ainda tem
caminho a esgotar no seu desenvolvimento; se as greves impõem maiores direitos
trabalhistas, isto é, mais custos sociais, então menos atraente torna-se o país
para investimentos; mas o governo, ciente desse problema comum na história de
outros países, antecipa-se e investe em tecnologia para a produção, o que acaba,
assim, ao substituir trabalhador por maquinário, por reduzir a taxa de lucro,
reduzir a massa de valor e aumentar a já grande quantidade de mercadorias… De
qualquer modo, uma conquista social, sob relações capitalistas, transforma-se
numa reação do capital que retira por diferentes vias (desemprego, etc.) os
ganhos do período anterior. O processo hoje é tal que limita cada vez mais a
capacidade de mediações, de amortecer os conflitos classistas, pelos três
fatores destacados acima. Se o sistema de fato entrou na fase em que lhe é
impossível melhorar a vida da maioria, logo, e só a partir daí, a luta pelo socialismo
é justificável e torna-se socialmente necessária. Na Europa, para citar o mais
famoso caso, a luta em defesa da manutenção do passado, pela conservação do
Estado de bem-estar social, pode ter força de ruptura sistêmica[2]
(pode ser transicional principalmente se junta a exigências em si
transicionais). No Brasil, os direitos históricos dos trabalhadores são
cortados, empresas públicas são privatizadas e o regime ameaça fechar-se para
garantir os ataques neoliberais. O reformismo teve sua razão de existir por
muito tempo, teve uma base material que o justificasse, porém agora faz falta o
partido da revolução, a organização para este novo período histórico. Antes o
capitalismo poderia ceder; hoje necessita forçar sucessivas derrotas aos
proletários e setores populares para que estes tenham a chance, por desespero,
de uma posterior vitória estratégica.
***
Alguns
teóricos consideram, como crise do sistema capitalista, como transição, que
desde a primeira revolução industrial produzimos superprodução real, mas isso é
falso. Marx diz sobre as crises de superprodução de sua época: “Não se produzem
meios de subsistência demais em relação à população existente. Pelo contrário,
o que se produz é muito pouco para satisfazer, de maneira adequada e humana, a
massa da população […] Não se produz riqueza demais.”
***
O comunismo
é o fim
1)
Da
propriedade privada,
2)
Das classes,
3)
Do Estado,
4)
Da família
monogâmica.
O trabalho
hercúleo da humanidade de superar tais elementos de sua pré-história é
facilitado, se podemos falar em facilidade, pelas suas crises estruturais, uma
crise sistêmica.
A
propriedade privada burguesa entra em sua fase final com a redução da massa
global de valor, com a queda da taxa de lucro em seus limites históricos até
meados deste século.
As classes
principais sociedade, a burguesia e o proletariado, afastam-se da produção, o
que gera uma burguesia parasitária, classe social fictícia em certo sentido, e
massa enorme de desempregados com dificuldade de realizar-se enquanto classe.
O Estado é
corroído pela própria lógica de lucro, e enquanto este se torna mais difícil,
por meio da dívida pública crescente, da urbanização, da indústria bélica, etc.
Por outro lado, as condições para o Estado socialista fenecer estão imensamente
maduras.
A família
monogâmica entra em crise com o desenvolvimento tecnológico (anticoncepcional,
etc.), com a urbanização, etc.
Como
observamos, a mesma base material – o motor são as mudanças na produção, o
aumento da produtividade centralmente – motiva os diferentes aspectos da crise
sistêmica, que podem ser abstraídos e tratados separadamente apenas pelo
pensamento. Dentro da realidade, amadurecem juntos e combinados, ainda que em
ritmo desigual. Estamos, portanto, no ponto crítico de nossa espécie, do ser
social. O cálculo histórico bifurca-se em duas possibilidades latentes e
opostas: ou libertamos a humanidade e a natureza ou abriremos a transição para
o fim civilizacional e, talvez, de nossa própria existência biológica.
Os países e os
continentes adentram na crise sistêmica de modo desigual; uns amadurecem as
condições para a transição socialista enquanto outros, em si, os menos
decisivos para o futuro da humanidade em geral, têm elementos ainda em
florescimento. Por outro lado, a revolução socialista em algumas nações, as
avançadas em especial, por combinação histórica, aceleram o limite de época em
nações até então passos atrás no compasso transicional. Decisivas revoluções
sociais alteram até os costumes em todo o mundo, em curto período.
CRISE DAS
CATEGORIAS
A expressão
“crise categorial” foi acessada por mim, pela primeira vez, via Kurz. Ele quer
dizer que a crise do valor, redução do trabalho manual na produção, crise do
trabalho, trata-se da crise da categoria geral, principal e necessária do
sistema – valor econômico. O valor seria o elo, a cola, das demais categorias
reais; a força que mantém o sistema como sistema, a totalidade como totalidade.
Aqui, vamos além em mais um sentido, como é de nossa obrigação: as relações da
categorias ontológicas (metafísicas) gerais e abstratas, da Lógica de Hegel,
entram em contradição neste sistema, em especial e em principal no seu ocaso.
Vejamos exemplo claros, diretos, centrais e incompletos de tal crise,
contradição, categorial.
SER, NADA,
DEVIR
Há
contradição entre forças produtivas que avançam ou querem avançar (devir), mas
as relações de distribuição (ser) e a forma social (ser) mantendo o pé firme na
porta… A superprodução não precisa mais do mercado, mas este está por todo
canto ainda. É contradição entre o ser, que deve ser passado e – logo – ser o
nada e o seu devir, o movimento inevitável.
CONCEITO
SUPRASSUMIR
Suprassumir,
tradução do termo em alemão, significa: 1) destruir, 2) preservar, 3) elevar. A
dialética propõe que os três ocorrem ao mesmo tempo, juntos. Mas, hoje por
hoje, há contradição entre os significados do significante. Impera a
destruição, condição para o elevar, mas que ainda o nega, o opõe a si.
A DIFERENÇA
E O MESMO
Está latente
e quase evidente a unidade e igualdade dos homens – mas, de modo atualmente
bastante artificial, educa-se na diferença.
SER EM SI E
SER PARA OUTRO
Na crise
psicológica geral, somos mais para si – e negamos a necessidade necessária do
outro. Vem o vazio.
DETERMINAÇÃO,
CONSTITUIÇÃO
São tempos
de café descafeinado, jarro oco… A constituição falta com a determinação. No
mais, o valor entra em contradição com o capital.
LIMITE, MAU
INFINITO, O INFINITO QUALITATIVO
Marx percebe
que o capital tem pulsão infinita, acumular-se, ser sempre mais-valor e
mais-capital. Mas, descobrimos ontem, o planeta tem recursos finitos… Assim,
beiramos a extinção.
UNO E VAZIO
– ATRAÇÃO E REPULSÃO
O uno único
é produtivo – como as fábricas. O uno (empresa; em outro ser, o Sol) produz
mais unos. O problema é que há superprodução e superabundância dos “muitos”, de
empresas e de mercadorias de modo crônico.
SIMPLES E
COMPLEXO
A forma
social, em relação com sua materialidade, ao ser precisamente assim, gera
inúmeras complexidades em si artificiais, desnecessárias. Por exemplo, custos
com espionagem industrial, custo improdutivo extra, que será passado no
socialismo.
INTENSIVO E
EXTENSIVO
Com a crise
do trabalho, quer-se impor mais trabalho – é consequência inesperada de tal
crise. A jornada deve ser tanto intensiva quanto extensiva, ambos. Isso esgota
o trabalhador moderno.
QUALIDADE E
QUANTIDADE
Isso é
evidente para quem entrou ontem no mundo da crítica do mundo. O caso mais
destacado é a perda de qualidade das mercadorias para que fiquem
quantitativamente mais baratas, vendam mais. Por si, já um problema – mas
soma-se a crise ambiental gerada.
QUALIDADE E
REARRANJO
No fundo, a
crise do sistema capitalista é a crise de como as coisas estão arranjadas,
organizadas ou desorganizadas.
CAOS E ORDEM
Há aumento de
caos no sistema, crise de suas leis que não mais funcionam bem (e já eram
negativas) ou funcionam de modo deformado no fim do modo de vida. As
instabilidades e imprevisibilidades aumentam, são mais latentes.
POSITIVO E
NEGATIVO
A relação de
positivo e negativo como patrão e empregado, império e colônia etc. pedem para
serem superados. Tencionam de modo extra. Enquanto isso não ocorre, especial
atual contradição.
COMBINAÇÃO
DE MEDIDAS
A medida
começa a falhar. Isso tem vários nortes, por exemplo, algo digital passa a ser
acessado, de alguma forma, de modo gratuito. Mas hoje, também, temos mais
monopólios e oligopólios manipulando os preços.
DESMEDIDA
O capital,
já dissemos, é sem medida no sentido de que não aceita limites, ordem,
planejamento. Em seu máximo atual, ainda mais despreza todos os limites.
ESSENCIAL E
INESSENCIAL
Criamos
necessidades mais artificiais, inessenciais – em nosso tempo. O socialismo dará
suporte ao bom consumo, abundância, mas de modo muito mais racional.
A vida é
menos essencial e mais supérflua, adaptamo-nos.
DETERMINAÇÕES
DE REFLEXÃO
Na política,
todos os partidos da ordem têm um secreto consenso – o que desmoraliza a
política burguesa e seu Estado. Negar oposição real, eis o erro.
FORMA,
ESSÊNCIA, MATÉRIA E CONTEÚDO
Repetimos o
que dissemos em outra contradição, que se eleva à décima potência em nosso
tempo, em outra crise de categoriais.
A forma
social, em relação com sua materialidade, ao ser precisamente assim, gera
inúmeras complexidades em si artificiais, desnecessárias. Por exemplo, custos
com espionagem industrial, custo improdutivo extra, que será passado no
socialismo.
A
contradição entre forma e conteúdo é bem pensada e sentida no meio comum e
militante. Podemos complementar com a crise da arte sem forma, informe, logo,
sem conteúdo, sem mensagem fictícia.
FUNDAMENTO
Como a
sociedade atingiu o ápice de sua complexidade, tornou-se difícil ver seu fundo.
Por outro lado, o trabalho manual abstrato, cai como fundamento desta
sociedade.
CONDIÇÃO
A crise deste
modo de vida é que todas as condições objetivas do socialismo estão aí, que são
também condições para o fim de nossa espécie.
A COISA E
SUAS PROPRIEDADES
Para superar
o valor, precisa-se superar o trabalho manual; para isso, superar o
capitalismo. Não superaremos o valor-trabalho sem superar, também, a teoria do
valor-trabalho – valor-matéria. Uma superação ideal porque matéria, material:
uma verdade torna-se falsa depois; a falsidade tornar-se verdade em seguida.
Eis uma das bases do fim da crise do marxismo. Que não seja vítima de
conservadorismos disfarçados de rigor.
Na
mercadoria, a perda da propriedade, de sua matéria, aparece como perda da coisa
e da coisa em si. Contradição, crise.
O TODO E AS
PARTES
Crise de
abstração, mais uma crise de tipo categorial. Há vários aspectos disso, por
isso destacamos um, a crise de abstração mesma. As partes, categorias, do
capitalismo, totalidade e sistema categorial, tentam ganhar maior autonomia,
tentam afirma-se como totalidade em si e para si; tentam, assim, escravizar
outras partes. Como a garra separa a
onça do meio, o Estado abstrai-se por exércitos regulares; o dinheiro
desprende-se, mas apenas como pode, de sua base material; abstrai-se do todo e
de sua matéria. O operário é afastado, abstraído, da empresa.
EXTERNO E
INTERNO
O interno do
atual modo de vida coloca em crise a ilusão externa – a coisa é mais fácil de
ver e expressar. O externo é base, por exemplo, da ilusão jurídica, que se
desmancha na lava do interno classista. Os grandes terremotos profundos racham
e abalam a casca ideológica e social.
REAL E
FICTÍCIO
De vários
modos a contradição contra a unidade aparece: o capital fictício suga valor da
economia real; a vida virtual deteriora a vida real; a arte torna-se uma ficção
de ficção, isto é, falsa arte etc.
LIBERDADE E
NECESSIDADE
O avanço do
sistema permite mais liberdade individual, não social, mas que pressiona por
liberdade social – também. Mas o capital é necessidade, lei, determinismo.
INTERAÇÃO
A unidade
interna das partes do sistema aparece como interação externa – a crise se
retroalimenta, interinfluencia. É crise total, de totalidade.
Logo, temos:
Crise
categorial (Kurz) – crise do valor, ou seja, crise do trabalho (manual)
Crise dos valores
em geral (valor econômico, valor artístico, valor moral etc.)
Crise
categorial geral (quantidade e qualidade, forma e conteúdo etc.)
Crise de
abstração (trabalho abstrato em crise, busca de maior autonomia relativa, crise
de medida)
Crise de
totalidade
Enfim –
crise sistêmica
Poderíamos
dedicar mais páginas e detalhes para rechear cada crise categorial das
categorias, cada contradição categorial de nosso tempo. Mas seria mero jogo
intelectual. Apenas a exposição concreta nos capítulos anteriores permite ver a
concretude desse tipo de crise. A totalidade das categorias opostas em unidade
entram em contradição no seu “ser prático ou concreto” no sistema capitalista.
Não só as categorias próprias do capital – valor econômico etc. – estão em
crise própria, pois as categorias gerais abstratas da metafísica entram em
crise-contradição na sua vida e vivência real dentro do próprio sistema
concreto. O sistema de categorias da Lógica, da metafísica, entra em
contradição, temporária e histórica. Tal estudo facilitou perceber certa
atualização da dialética de Hegel, que exagera o papel da unidade “estática”
sobre a contradição em movimento, que expomos na Metafísica marxista, presente
em outro “capitulo” desta obra.
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