O imperialismo europeu, com seus governos, alegra-se com os atentados: achou um meio para apaziguar a luta de classes, justificar a sanha militar, unificar a “nação”, controlar as eleições e introduzir medidas antidemocráticas à democracia burguesa. Qual a solução? Qual política os comunista precisam levantar?
Elaborar política necessita ciência e imaginação. Fato é que a “democracia” é um grande e forte valor na consciência dos assalariados europeus, e, especialmente, dos da França; precisamos aproveitar o lado progressivo disso: cerceamento da liberdade em busca da paz? Não! Os revolucionários propõem:
• Democratização imediata do armamento e do direito à autodefesa!
• Comitês operários e populares de segurança e vigília nos bairros!
• Trabalho, nesta tarefa, fraterno e conjunto com os imigrantes!
• Para evitar cooptação do ISIS: – Salário-auxílio aos irmãos refugiados!
• Para destruir o ISIS, envio imediato de armas e munição aos rebeldes e aos curdos!
• Respeitar os trabalhadores sírios e iraquianos: intervir na guerra é terrorismo imperialista!
• Abaixo qualquer medida de diminuição dos direitos democráticos!
• Que a EU, de conjunto e unificada, aprove o acolhimento integral, sem fronteiras, de imigrantes, com um salário-auxílio inicial! Que estas medidas sejam tomadas em coordenação continental.
• Xenofobia é a parteira do nazismo e o alimento do terrorismo!
Pontos como o auxílio-salário podem, ao mesmo tempo, 1) ajudar os imigrantes; 2) dificultar o recrutamento ao ISIS; 3) ajudar a amortecer o perigo de deflação na Europa, aumentando o consumo; 4) unificá-los e mobilizá-los, com apoio dos nativos. Diante de toda tentativa de qualquer governo, mesmo “progressivo” ou “socialista”, de cercear as poucas liberdades; responderemos com mais democracia, mais democracia, mais democracia: o direito à democratização da força, fim do monopólio da violência, armamento popular, integração sócio-política dos refugiados. As palavras de ordem poderão ganhar nova dimensão – é preciso que os fatos as promovam – em caso de novos ataques. Cada uma das consignas podem ser usadas ou combinadas, prioritariamente, a depender das mudanças de conjuntura; não sendo, portanto, uma “receita de bolo”: quanto mais duros e frequentes forem os ataques terroristas, a insegurança e as medidas policiais do Estado; na outra ponta, mais os revolucionários devem radicalizar suas propostas.
Do ponto de vista teórico, o que ocorre no mundo mostra a superioridade e a necessidade da reorganização da segurança pública em torno de um sistema de milícias operárias-populares. O programa que apresentamos potencialmente serve, portanto, como um programa de transição numa Europa instável e pré-revolucionária.
Bom, vejamos, o primeiro ponto é basicamente impossibilidade pelo próprio sistema. Ora, eu entendo que a revolução vai ser com armas. Não tenho dúvidas. Mas armar o povo nesse momento é a solução? Vamos fazer uma análise concreta, partindo dos pressupostos de que o mercado e nem o Estado são neutros e que não se opõem, mas se complementam.
ResponderExcluirA liberação de armas ajuda a quem? Pra mim, só ao mercado. As pessoas se agridem por coisas a toa vivendo em meio ao caos do dia a dia alienado e da sociabilidade burguesa. As armas só potencializam isso, com toda certeza.
Quem vai distribuir, fazer as licitações e controlar as armas? Junto com os mercados, inevitavelmente o Estado - aquele mesmo que é instrumento de classe burguesa. Duvido muito que as armas estariam a preços populares. Seriam essencialmente um produto para os burgueses.
No mais, se armas forem preciso nesse momento, vamos mesmo precisar pedir para o mercado e para o Estado? Quando a revolução começar vamos ter que comprar nossas armas ou tomá-las e/ou fabricá-las? Vamos pedir licença para os burgueses também?
Enfim, a questão das armas é um debate necessário na esquerda, mas nunca vi nada de efetivamente elucidador.