J.P. Teresina PI
PROPOSTAS
Vejamos,
agora, algumas hipóteses, filosofia experimental, que derivam de modo natural
de nossa filosofia, por dedução. Tais ideias, claro, devem ser demonstradas,
após expostas.
LEI DA
POPULAÇÃO
Darwin
inspira-se no erro teórico, para humanos, da teoria da população de Malthus: a
população cresce, mas encontra um limite de alimentos, logo deixa de crescer. E
se nos inspirarmos na lei de população de Marx sobre o capitalismo? Vejamos.
Vamos, mesmo assim, deduzir, de início, um limite fixo de recursos. Assim: mais
se reproduzem aqueles que estão mais ameaçados, pois isso ajuda a aumentar a
possibilidade de passar seus genes (o que não impede que Darwin também esteja
correto – que abundância é que produz mais reprodução). Vejamos uma pista dessa
nova lei relativa. A macieira, quando levada ao clima tropical brasileiro,
clima este que não é de sua origem, prefere investir em si do que na sua
reprodução, pois tem muita luz, água, nutrientes etc. Então, os agricultores
nacionais são obrigados a cortar a água da árvore, cortar galhos etc. para
estressá-la – então surgem as maçãs novas, ela reage à sensação de ameaça
ambiental, à escassez.
Hibernar
Na falta de
alimentos, as espécies podem hibernar no inverso para guardar energia. Isso
diminui o efeito da escassez sobre a população.
Estocar
Há um
pássaro americano que, ao perceber a chega do inverno, cria enormes reservas de
produtos, rumo ao consumo no inverno rigoroso.
Variar ração
Espécies
podem mudar ou variar seu consumo. Por exemplo, surgiu uma abelha abutre que
lida com carcaças.
Mudar o
ambiente
Ao consumir
uma fruta, o animal, depois, defeca fezes e sementes, ampliando extensivamente
a quantidade de árvores úteis.
Mudar de
ambiente
Os biólogos
dialéticos Lewontin e Lewin haviam exposto tal movimento.
Tamanho da
espécie e dos indivíduos
Uma
quantidade maior de membros, constantes os recursos, tendem a ser menores, o
que aumenta de modo relativo, em comparação, a quantidade de recursos
mesmos. No longo prazo, tende-se a
diminuir o tamanho da espécie, pois os menores têm, nesse sentido, mais chances
de sobreviver.
Capacidade
de armazenar aumentada
Uma falta de
alimentos pode levar os descendentes imediatos a ter mais facilidade de
armazenar energia, diminuindo a demanda, a procura.
Roubo
Algumas
espécies e indivíduos podem se especializar em roubar outras, além de membros
da mesma espécie, ou agregar este hábito.
Formar bando
Formar
grupos permite otimizar o sucesso da caça, afastando a barreira individual da
alimentação.
Passar a
produzir e criar ferramentas
Vez ou
outra, uma espécie que não produz, passa a produzir (e o estresse relativo,
coma imprevisibilidade, com o movimento, aumenta a cognição). No caso das
ferramentas, macacos aprenderam a quebrar cocos e a produzir varetas para
apanhar cupins. As abelhas, ou algum ancestral, em algum momento passaram a
produzir mel. Na internet, há inúmeros vídeos de pásssaros usando ferramenta
externa para pescar. O peixe tegastes
diencaeus domesticou camarões para nutrir, fertilizar, seu cultivo (!) de
algas, sua fazenda.
Tais
elementos relativizam, contratendenciam, a lei da população na natureza tal como
pensou Darwin. No mais, nossa lei da população, oposta à de Darwin, tem prova
empírica na própria humanidade: as comunidades mais cobres têm mais filhos, não
menos. Aqueles com melhor qualidade de vida, entre humanos, costumam ter menor
prole, mesmo tendo mais recursos. A quebra de 1929 levou ricos falidos aos bordeis
antes do suicídio; na segunda guerra, os homens engravidavam as mulheres antes
de ir ao combate; com o impacto, incluso midiático, da queda das torres gêmeas
nos EUA, surgiu uma onda de nascimento algo como 9 meses após o fato. A causa
da vontade de fazer sexo e filhos, nestes exemplos, o stress etc., está oculta
e inconsciente – a consciência justifica de algum modo ou outro.
Pelo seu texto, parece não estar muito clara a noção da teoria da evolução, especialmente a teoria sintética ou mesmo os desdobramentos que delas se seguiram. As propostas sugeridas de como essas espécies driblam a falta de recursos é justamente uma evidência da seleção natural. Abelhas que consumiam outras fontes de alimento durante a falta de recursos tinham mais chances de sobreviver do que as que não consumiam, levando a um aumento dessas populações.
ResponderExcluirSobre pobres terem mais proles do que ricos, faz todo sentido evolutivo. Os filhotes humanos demandam grande investimento parental. Se você é pobre, está em uma condição em que há uns maior privacidade de mortalidade da prole, de modo que ter mais filhos somente as chances de que alguns sobrevivam e passem os genes. Se você é rico, um mais investimento na prole aumenta essas chances. São estratégias reprodutivas diferentes, mas ambas são encontradas na natureza. Aranhas, por exemplo, têm pouco investimento parental, porém, colocam centenas de ovos, de modo que, mesmo com uma altíssima mortalidade, um número suficiente de indivíduos irá sobreviver.