PARA DERROTAR O FASCISMO, REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO!
O desespero social leva boa parte dos trabalhadores desempregados ou empurrados para a função de autônomos a buscar uma solução também desesperada. É impossível uma tensão social forte como a falta de emprego manter-se por muito tempo sem grandes mudanças.
A redução da jornada de trabalho, mantendo-se os salários, na proporção que empregue toda a força de trabalho disponível é a “política econômica” marxista contra a crise. Todo o trabalho disponível deve ser repartido para todos os trabalhadores disponíveis. Temos, assim, uma proposta de pleno emprego. É fato que sofremos os efeitos de uma crise que vem de 2015 e já estamos diante de uma nova crise econômica mundial que o coronavírus apenas acentuou e disfarçou (como se o problema econômico tivesse surgido apenas da doença). Por isso a realidade exige uma palavra de ordem por uma reforma mais radical como a que propomos neste parágrafo.
A democracia burguesa é imprestável e merece desmoralizar-se, mas é melhor que um regime ditatorial. Se a vigente forma democrática não melhorar a vida da maioria, uma ruptura certamente virá, positiva ou negativa. Para afastar os assalariados e setores populares do projeto fascista, é necessário que o problema mais sentido, o desemprego, seja resolvido. É preciso que a esquerda radical tenha uma proposta que atraia amplos setores.
Por fim, precisamos fazer um debate honesto, fora do sectarismo, sobre o motivo de a esquerda comunista ainda ter evitado levantar tal proposta, a de redução proporcional da jornada de trabalho. Tais partidos têm muita presença, tanto mais nas direções, de funcionários públicos com estabilidade, dirigentes sindicais ou profissionais liberais. Podemos nos orgulhar da presença dos comunistas no movimento operário nos últimos 30 anos, mas, se queremos ser verdadeiros partidos socialistas, temos de ter a sensibilidade de entender qual a proposta mais imediata para a situação social e econômica de crise. O desemprego crônico deve ser combatido.
FONTE DA IMAGEM: https://www.goethe.de/ins/pt/pt/kul/sup/mar/21376301.html