domingo, 12 de julho de 2020

Uma solução para a "fenda dupla" e a Teoria de Tudo


NOVA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA A “FENDA DUPLA”

Antes de mais, este texto pode ser um enorme meio de “passar vergonha”, pois o autor é não especialista na área, um amador. Mas peço que o leitor tenha paciência já que boas ideias podem vir, como diria Sagan, de origens realmente inesperadas. O benefício da dúvida ajuda e, logo, toda crítica será bem aceita.

Neste curto material, para fins de exposição, irei diretamente oferecer a resposta para, aí então, supor áreas da física aonde seja útil. Tentando resolver o problema filosófico da divisibilidade ou não ao infinito da matéria, cheguei à conclusão de que os átomos reais – partículas aparentemente indivisíveis como o neutrino – são ESPAÇO CONCENTRADO, CONDENSADO. O Espaço foi considerado entidade real desde Einstein, mais do que conceito abstrato, faltou-lhe apenas um laço maior com as diferentes entidades. Isso quer dizer, na hipótese que aqui apresentamos, que a matéria não apenas curva, deforma, o tecido espaço-tempo mas também é o próprio espaço tempo autocurvado, para dentro de si. Isso significa que elétrons, neutrinos, quarks, etc. são formas, níveis, de espaço concentrado. Assim, tudo está interligado pelo seu meio.

O que essa nova concepção – que pode estar completamente equivocada, lembramos – pode trazer de prático? Ao que me parece, tal forma de observar o mundo apresenta soluções para muitos problemas atuais da física. Aqui entra o experimento da dupla fenda.  Lançar um fóton por uma fenda dupla produz um fato curioso: por mais que passe apenas um a cada 1 hora e meia, ainda assim, os locais que registram a chegada final do objeto comportam-se como se fossem ondas. No lugar de dois locais, porque duas fendas, os fótons atingem vários pontos, formando um padrão singular. É como se cada fóton lançado “soubesse” que a outra fenda estava aberta, alterando seu comportamento. Se uma fenda é fechada, então apenas um ponto – uma faixa – é atingido pelos fótons. Como explicar?



Ora, se um fóton ou um elétron é parte do espaço, ou seja, o espaço concentrado, então o próprio espaço conformado em dupla fenda afeta o objeto em movimento. A dualidade onda-partícula fica assim resolvida. O fóton sai de sua origem não apenas como partícula individual e totalmente independente mas ao mesmo tempo como ligado ao ambiente por meio do espaço. A interferência no comportamento observado – e somente até agora descrito, não explicado – se dá porque a segunda fenda aberta afeta a composição do espaço, o que afeta a partícula.

O cosmos pode ser pensado como formado por entidades individuais e suas interelações preenchendo todo o “espaço”. Ou, na nossa visão, pode ir mais longe, considerando o espaço uma entidade que forma as entidades individuais e suas interrelações recíprocas. Se a realidade vai, do ponto de vista lógico, ainda que não na história do universo, do simples ao complexo, o mais simples, e o mais pobre em determinações, é o conceito de espaço. Assim, a teoria quântica de campos, onde cada partícula deve corresponder a um campo, é superada pela visão de grau de "espaço concentrado".

Esta concepção, de tecido do espaço-tempo concentrado formando as partículas, pode propor inúmeras soluções. Vamos aos que o “físico amador” desde texto foi capaz de intuir.

1)      Como se sabe, a teoria da gravitação de Newton foi longe, mas apresentou dificuldades em certo nível como a impossibilidade de explicar a órbita de Mercúrio – apenas Einstein resolveu com uma nova teoria – hoje, de maneira análoga, não se sabe por qual motivo a gravidade de exoplanetas tão diferentes da Terra possuam, apesar disso, gravidade parecida com a do nosso planeta… Pensamos que esta concepção apresentada pode resolver.

2)      As quatro forças fundamentais do universo são unificadas, menos a gravidade… Solução intuída: a força forte pode ser um aspecto do “espaço concentrado”, assim como as demais forças.

3)      O modelo padrão apresenta as partículas elementares – em tese, se são todas espaço concentrado, podem transformar-se umas nas outras assim como os átomos passam de um, o mais simples, para a formação de outros.

4)      A matéria escura (com mais densidade) pode ser a mesma entidade, mesmo fluido, da energia escura (com menos densidade) – logo, as galáxias, sendo o tecido concentrado, “puxam” o tecido intergaláctico.

5)      Tal concepção pode resolver o problema da quebra dos cálculos de Einstein em relação aos buracos negros.

6)      Enfim, se não for a loucura narcisista do autor ou uma boa ideia inútil, a teoria unificada da física, a teoria de Tudo, pode consolidar-se de tal concepção.

Tive de alertar o leitor do completo amadorismo do autor. No entanto, a humildade que visa compaixão em caso de erro é pelo menos uma obrigação científica. A ideia acima fixou em minha mente e, somado a isso, a possiblidade de morrer por Coronavírus permitiu aceitar o risco de desmoralização. A concepção filosófica de que tudo é espaço concentrado, condensado, tem validade para a ciência? Apenas os especialistas – e os especializados devem ter máximo respeito – podem responder. Que algum físico afirme ou refute este breve artigo seria uma honra independente do resultado.

João Paulo Pereira dos Santos Neto. Teresina-PI.