NOVA PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA A “FENDA
DUPLA”
Antes de mais, este texto pode
ser um enorme meio de “passar vergonha”, pois o autor é não especialista na
área, um amador. Mas peço que o leitor tenha paciência já que boas ideias podem
vir, como diria Sagan, de origens realmente inesperadas. O benefício da dúvida
ajuda e, logo, toda crítica será bem aceita.
Neste curto material, para fins
de exposição, irei diretamente oferecer a resposta para, aí então, supor áreas da
física aonde seja útil. Tentando resolver o problema filosófico da divisibilidade
ou não ao infinito da matéria, cheguei à conclusão de que os átomos reais –
partículas aparentemente indivisíveis como o neutrino – são ESPAÇO CONCENTRADO,
CONDENSADO. O Espaço foi considerado entidade real desde Einstein, mais do que
conceito abstrato, faltou-lhe apenas um laço maior com as diferentes entidades.
Isso quer dizer, na hipótese que aqui apresentamos, que a matéria não apenas
curva, deforma, o tecido espaço-tempo mas também é o próprio espaço tempo
autocurvado, para dentro de si. Isso significa que elétrons, neutrinos, quarks,
etc. são formas, níveis, de espaço concentrado. Assim, tudo está interligado
pelo seu meio.
O que essa nova concepção – que pode
estar completamente equivocada, lembramos – pode trazer de prático? Ao que me
parece, tal forma de observar o mundo apresenta soluções para muitos problemas
atuais da física. Aqui entra o experimento da dupla fenda. Lançar um fóton por uma fenda dupla produz um
fato curioso: por mais que passe apenas um a cada 1 hora e meia, ainda assim, os
locais que registram a chegada final do objeto comportam-se como se fossem
ondas. No lugar de dois locais, porque duas fendas, os fótons atingem vários
pontos, formando um padrão singular. É como se cada fóton lançado “soubesse”
que a outra fenda estava aberta, alterando seu comportamento. Se uma fenda é
fechada, então apenas um ponto – uma faixa – é atingido pelos fótons. Como explicar?
Ora, se um fóton ou um elétron é
parte do espaço, ou seja, o espaço concentrado, então o próprio espaço
conformado em dupla fenda afeta o objeto em movimento. A dualidade onda-partícula
fica assim resolvida. O fóton sai de sua origem não apenas como partícula
individual e totalmente independente mas ao mesmo tempo como ligado ao ambiente
por meio do espaço. A interferência no comportamento observado – e somente até
agora descrito, não explicado – se dá porque a segunda fenda aberta afeta a
composição do espaço, o que afeta a partícula.
O cosmos pode ser pensado como
formado por entidades individuais e suas interelações preenchendo todo o “espaço”.
Ou, na nossa visão, pode ir mais longe, considerando o espaço uma entidade que
forma as entidades individuais e suas interrelações recíprocas. Se a realidade
vai, do ponto de vista lógico, ainda que não na história do universo, do
simples ao complexo, o mais simples, e o mais pobre em determinações, é o
conceito de espaço. Assim, a teoria quântica de campos, onde cada partícula deve corresponder a um campo, é superada pela visão de grau de "espaço concentrado".
Esta concepção, de tecido do
espaço-tempo concentrado formando as partículas, pode propor inúmeras soluções.
Vamos aos que o “físico amador” desde texto foi capaz de intuir.
1) Como
se sabe, a teoria da gravitação de Newton foi longe, mas apresentou
dificuldades em certo nível como a impossibilidade de explicar a órbita de
Mercúrio – apenas Einstein resolveu com uma nova teoria – hoje, de maneira
análoga, não se sabe por qual motivo a gravidade de exoplanetas tão diferentes
da Terra possuam, apesar disso, gravidade parecida com a do nosso planeta…
Pensamos que esta concepção apresentada pode resolver.
2) As
quatro forças fundamentais do universo são unificadas, menos a gravidade… Solução
intuída: a força forte pode ser um aspecto do “espaço concentrado”, assim como
as demais forças.
3) O
modelo padrão apresenta as partículas elementares – em tese, se são todas
espaço concentrado, podem transformar-se umas nas outras assim como os átomos
passam de um, o mais simples, para a formação de outros.
4) A
matéria escura (com mais densidade) pode ser a mesma entidade, mesmo fluido, da
energia escura (com menos densidade) – logo, as galáxias, sendo o tecido
concentrado, “puxam” o tecido intergaláctico.
5) Tal
concepção pode resolver o problema da quebra dos cálculos de Einstein em
relação aos buracos negros.
6) Enfim,
se não for a loucura narcisista do autor ou uma boa ideia inútil, a teoria
unificada da física, a teoria de Tudo, pode consolidar-se de tal concepção.
Tive de alertar o leitor do
completo amadorismo do autor. No entanto, a humildade que visa compaixão em
caso de erro é pelo menos uma obrigação científica. A ideia acima fixou em
minha mente e, somado a isso, a possiblidade de morrer por Coronavírus permitiu
aceitar o risco de desmoralização. A concepção filosófica de que tudo é espaço
concentrado, condensado, tem validade para a ciência? Apenas os especialistas –
e os especializados devem ter máximo respeito – podem responder. Que algum
físico afirme ou refute este breve artigo seria uma honra independente do
resultado.
João Paulo Pereira dos Santos
Neto. Teresina-PI.